
Sabem quando conhecemos alguém e pensamos «não temos nada a ver um com o outro»?
Nessa situação há duas hipóteses possíveis: ou não voltamos a ver essa pessoa ou marcamos novo encontro, fazendo figas para que a nossa primeira impressão esteja errada.
Se escolhemos a segunda... Então surge o segundo encontro e aí há novamente duas hipóteses: ou a nossa primeira impressão é reforçada, e então decidimos que não vale mesmo a pena continuar a ver aquela pessoa, ou então o encontro corre melhor que o primeiro e resolvemos dar o benefício da dúvida marcando um terceiro encontro para tirar as teimas.
Nos filmes americanos o terceiro encontro costuma aparecer retratado como o encontro sexual. Algumas mulheres demoram horas a preparar-se porque não sabem se querem acabar na cama com o parceiro, mas mais vale prevenir! E se acontecer é bom que estejam deslumbrantes!...
Os homens não demoram tanto tempo a arranjar-se, as suas preocupações passam mais por questões de desempenho. Não vou explorar este campo por motivos óbvios...
Chegada a hora é altura de a mulher decidir. Porque por norma os homens estão desertinhos, elas até podem estar também mas existem mil e uma perguntas por responder nas suas cabeças: «Não será demasiado cedo?»; «E se ele só quer cama?»; «Se o fizer será que me liga no dia seguinte?» ou ainda «E se ele me achar feia?». Podia estar aqui horas a descrever o que pode passar pela cabeça duma mulher nesses momentos. Mas chegamos novamente a uma encruzilhada: aqui há um grupo que fica tolhido pelas dúvidas e não avança e outro que, apesar de todas as dúvidas, segue em frente. Não sei quanto a vocês, mas a mim apaixona-me saber os porquês. O que leva alguém a arriscar, e o que leva outra pessoa, nas mesmas condições a dar um passo atrás?